Celebrada com especial devoção no dia 24 de maio, Nossa Senhora Auxiliadora é invocada há séculos como a Mãe que socorre seu povo nos momentos de tribulação, especialmente nas lutas da Igreja e nas necessidades dos fiéis.
A origem da devoção remonta ao século XVI, quando o Papa Pio V invocou Maria sob o título de “Auxiliadora dos Cristãos” por ocasião da Batalha de Lepanto, em 1571. A vitória cristã atribuída à intercessão da Virgem fortaleceu sua veneração com esse título. Mais tarde, no século XIX, o Papa Pio VII, após ser libertado de seu cativeiro por Napoleão, instituiu oficialmente a festa de Maria Auxiliadora dos Cristãos, em agradecimento por sua libertação, marcando-a no calendário litúrgico para o dia 24 de maio.
Contudo, foi São João Bosco, o grande educador e fundador dos Salesianos, quem mais propagou esse título mariano. Don Bosco afirmava: “Maria quer ser honrada sob o título de Auxiliadora; os tempos que vivemos pedem sua proteção”. Ele construiu em Turim, na Itália, a famosa Basílica de Maria Auxiliadora, centro da espiritualidade salesiana e símbolo da presença materna de Maria junto aos jovens, aos pobres e à missão da Igreja.
A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora está ligada à certeza de que Maria está sempre presente nas batalhas espirituais e nas necessidades humanas, oferecendo seu auxílio como mãe atenta e poderosa intercessora. É uma devoção que nos convida à confiança, à perseverança e ao abandono filial nos braços de quem tudo pode junto ao seu Filho.
Invocamos Maria Auxiliadora como ajuda dos doentes, dos aflitos, dos que sofrem perseguições, dos que lutam pela fé e pela justiça. É também uma devoção profundamente missionária, pois recorda que, com Maria, a Igreja nunca está sozinha na sua missão de evangelizar, educar e servir.
Neste tempo de desafios pastorais e sociais, olhar para Nossa Senhora Auxiliadora é recordar que não estamos desamparados. A Mãe do Senhor caminha conosco, vela por seus filhos, sustenta-nos com seu carinho e força, e continua a repetir a cada um de nós as palavras de fé que disse nas Bodas de Caná: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5).
Que todos os cristãos, especialmente os jovens, os educadores, os missionários e os que trabalham pelo Reino de Deus, encontrem em Maria Auxiliadora um modelo de fé ativa, esperança viva e amor ardente.
Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós!
Anuar Battisti Arcebispo Emérito de Maringá (PR)
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